O deputado estadual Faissal Calil subiu o tom nesta segunda-feira (10) ao tratar da discussão entre Eduardo Bolsonaro e Mauro Mendes. Em vídeo nas redes, Faissal negou qualquer divisão dentro da direita e aproveitou para cutucar o governador, dizendo que Mendes “nunca integrou o campo conservador”, apesar de tentar se apresentar assim quando convém.

“Tem gente espalhando que existe racha na direita. A verdade é outra: a direita em Mato Grosso segue unida. E o governador Mauro Mendes não é de direita”, declarou Faissal, de maneira firme.

O parlamentar lembrou episódios que, segundo ele, desmontam o discurso ideológico de Mendes. Faissal citou o projeto que criou cobrança sobre energia solar em 2021, classificando a medida como mais um peso sobre o contribuinte. Também recordou a postura do governador na COP de 2022, onde Mendes apoiou proposta de desapropriação de propriedades em casos de desmatamento, além de alinhar-se a ação movida pelo PSOL no STF com o mesmo objetivo.

“Um governador que taxa o Sol e depois quer desapropriar propriedade privada não representa valores da direita”, disparou.

Faissal ainda apontou a posição de Mendes na pré-campanha de Eduardo Botelho à prefeitura de Cuiabá, quando o governador defendeu ar-condicionado em presídios. “Isso não combina com discurso conservador”, reforçou.

Para o deputado, a narrativa de divisão não passa de tentativa de distorção externa. Segundo Faissal, o que ocorre é um processo natural de identificação dentro do grupo. “A verdade é simples: não existe racha. Estamos separando o joio do trigo”, afirmou.

Ele também comentou sobre Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos. Faissal disse que o deputado atua em defesa de brasileiros atingidos por decisões judiciais arbitrárias. “Ele luta pela liberdade de milhares de injustiçados. Essa é a realidade que o Brasil enfrenta: perseguição, perseguição e perseguição”, concluiu.

A fala de Faissal, na prática, reforça o recado enviado pelo próprio Eduardo Bolsonaro nos últimos dias: Mauro Mendes não tem autoridade para se apresentar como liderança da direita enquanto adota posturas que contrariam os valores que o próprio eleitorado conservador defende.

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Rondonópolis, atendeu o local em que o adolescente foi apreendido em flagrante na tarde de segunda-feira (10) um adolescente de 16 anos suspeito de um ato análogo à tentativa de homicídio contra uma adolescente de 13 anos, ocorrida dentro da Escola Estadual Domingos Aparecido (Leia mais). Durante a ação, um segundo estudante, de 15 anos, também acabou ferido ao tentar conter o agressor.

De acordo com as informações levantadas pela equipe da DHPP, o ato infracional foi praticado de forma premeditada. O suspeito utilizou um canivete para atacar a colega durante o horário de recreio. A vítima de 13 anos foi socorrida com ferimentos graves — um deles perfurou o pulmão — e permanece internada, com o estado de saúde inspirando cuidados. Já o estudante de 15 anos, que tentou impedir a agressão, sofreu um corte na mão, recebeu atendimento médico e foi liberado. Um terceiro aluno também auxiliou na contenção do agressor, sem sofrer lesões.

Em depoimento, o adolescente infrator afirmou ter agido motivado por supostas ofensas que, segundo ele, vinha sofrendo da vítima. O menor relatou que era chamado de “magrelo”, “palito” e “esqueleto”, o que o deixava constrangido diante dos colegas. O aluno disse ainda que planejava o ataque para o dia seguinte, durante uma comemoração de Halloween na escola, mas acabou antecipando o ato para o dia 10 de novembro.

A Polícia Civil apreendeu a arma utilizada no crime, bem como um caderno contendo anotações que indicam o planejamento da agressão. Testemunhas, a vítima e o adolescente infrator já foram ouvidos. Outras oitivas ainda serão realizadas, e as imagens das câmeras de segurança da unidade escolar serão anexadas à investigação.

O adolescente apreendido será apresentado ao juízo da Vara da Infância e Juventude nesta terça-feira (11), para as providências legais cabíveis.

A Polícia Civil reforça seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e com a adoção de todas as medidas necessárias para garantir a segurança no ambiente escolar.

Vídeo mostra o crime:

Na manhã desta segunda-feira (10), a Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Alto Taquari, deflagrou a Operação Parvus, com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da Comarca local. A ação tem como objetivo aprofundar as investigações sobre o desaparecimento e possível homicídio de Carlos Henrique Silva Oliveira, de 20 anos, ocorrido no início do mês, e apurar o envolvimento de facções criminosas que atuam na região.

As diligências tiveram como alvo uma mulher de 31 anos, suspeita de oferecer apoio logístico a uma facção criminosa, permitindo que sua residência fosse utilizada como local para aplicação de “salves” (castigos aplicados por integrantes de facções) e abrigo de pessoas ligadas ao grupo.

O caso ganhou repercussão após o desaparecimento de Carlos Henrique, no dia 3 de novembro de 2025. Segundo relatos de um colega de trabalho, ambos estavam hospedados em uma casa na cidade, onde trabalhavam em uma usina. Por volta das 21h30, Carlos recebeu ligações telefônicas, saiu do quarto apenas de bermuda e chinelos e não foi mais visto. No dia seguinte, a família recebeu um vídeo que mostra uma pessoa sendo decapitada, e reconheceu a vítima como sendo Carlos. O material está sendo analisado pela perícia.

Durante o cumprimento dos mandados, duas residências foram alvos das buscas. Em uma delas, os policiais encontraram o imóvel aberto, mas sem moradores no local, que haviam deixado o endereço minutos antes da chegada da equipe. No interior, foram apreendidos documentos pertencentes a uma mulher já conhecida da polícia, investigada por envolvimento com organização criminosa, além de duas porções de substância análoga à maconha, uma motocicleta com sinais de adulteração no chassi — possivelmente produto de furto ou roubo — e munições intactas de calibres .38 e .32, escondidas em um fundo falso.

De acordo com a Polícia Civil, os materiais e vestígios recolhidos serão fundamentais para o avanço das investigações, auxiliando na identificação de todos os envolvidos e no esclarecimento da motivação do crime.

Operação

A Operação Parvus integra a Operação Inter Partes, uma megaoperação contínua da Polícia Civil de Mato Grosso voltada ao combate e à desarticulação de facções criminosas em todo o estado. A iniciativa faz parte do programa do Governo de Mato Grosso denominado “Tolerância Zero às Facções Criminosas”, que reforça o enfrentamento à criminalidade organizada.

O nome “Parvus” — do latim, “pequeno” ou “de pouca importância” — faz alusão à banalidade do motivo que levou à execução de um crime tão grave, uma vez que as investigações apontam que a vítima pode ter sido morta de forma cruel por ter feito o símbolo de uma facção rival.

A Polícia Civil segue com as investigações, analisando novas informações e colhendo provas que possam levar à identificação e responsabilização dos autores do crime.

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta terça-feira (11.11), a Operação Domínio Fantasma, para cumprimento de 33 ordens judiciais com foco na desarticulação de um esquema criminoso milionário envolvido fraudes eletrônicas e a criação de empresas de fachadas para lavagem do dinheiro adquirido com o crime.

Entre as ordens judiciais cumpridas estão um mandado de prisão preventiva contra o mentor do esquema, sete de busca e apreensão, duas medidas cautelares diversas de prisão, sequestro de valores no valor de R$ 5 milhões, dois mandados de sequestro de imóveis e cinco mandados de sequestro de veículos de luxo. Os mandados são cumpridos nas cidades de Cuiabá e Sorriso. 

Também são cumpridos, sete mandados de quebras de dados telemáticos, dois mandados de suspensão de perfil em redes sociais, três mandados de suspensão de site e três mandados de suspensão de atividades econômicas As ordens judiciais foram decretadas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias de Cuiabá.

O principal alvo da operação é um contador, que usava seu conhecimento técnico para fabricar centenas de CNPJs e viabilizar golpes de e-commerce em todo o país. Ele responde pelos crimes de associação criminosa, fraudes eletrônicas, lavagem de dinheiro e crime contra a relação de consumo.

As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), levantaram indícios robustos de que o grupo investigado se associou de forma estável para cometer os crimes, utilizando as empresas de fachada para lavar milhões de reais obtidos com as fraudes eletrônicas.

Criação de empresas

O trabalho investigativo teve início após a equipe da DRCI receber um alerta da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), sobre a criação massiva de empresas por um único contador, as quais estavam cadastradas, em sua maioria, em um único endereço em Cuiabá.

Durante a apuração dos fatos, foram identificadas 310 empresas abertas pelo investigado entre os anos de 2020 e 2024, das quais 182 já estavam baixadas ou suspensas, chamando atenção para o fato que quase todas estavam registradas no mesmo endereço. No endereço, foi verificado que funcionava uma sala comercial sem qualquer identificação, embora servisse de sede para empresas ativas no papel.

Funcionamento do esquema

O principal alvo se apresentava no Instagram como contador digital especializado em dropshipping (modelo de comércio eletrônico no qual o vendedor não mantém estoque próprio. Em vez disso, ele atua como intermediário entre o fornecedor e o consumidor final) e iGaming (segmento de jogos de azar pela internet). 

Para praticar os golpes, ele criava CNPJs em nome de “laranjas”, geralmente jovens de baixa renda, residentes fora de Mato Grosso, para servirem de fachada. Os CNPJs eram usados para registrar sites de e-commerce falsos, de diferentes segmentos como brinquedos, roupas e roupas masculinas, entre outros. 

Os sites eram impulsionados com anúncios patrocinados nas plataformas digitais. Em um dos casos, os criminosos clonaram o site da loja de uma marca famosa no ramo de cosméticos para enganar clientes.

Vítimas de diversos lugares do país, identificadas no inquérito, compravam os produtos, pagavam via Pix ou cartão, mas nunca recebiam as mercadorias. Os sites acumulavam diversas reclamações no “Reclame Aqui”.

Apoios operacionais

Participam da operação policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) em parceria com as equipes da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), Delegacia de Polícia de Sorriso e Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).

O cumprimento dos mandados contaram com apoio da Politec e Sefaz, sob a organização operacionalizada da Coordenadoria de Enfrentamento ao Crime Organizado (Cecor) da Polícia Civil de Mato Grosso.

O presidente Lula discursou na COP30, em Belém, pedindo o fim dos combustíveis fósseis e cobrando compromisso climático dos países ricos. Enquanto isso, dentro do próprio governo, ministros e Petrobras aceleram a liberação para exploração de petróleo na Margem Equatorial, região ambientalmente sensível na Amazônia. O contraste chamou atenção de delegações internacionais e gerou críticas de especialistas, que enxergam contradição evidente entre discurso e prática.

Lula subiu ao palco falando em “superar a dependência dos fósseis” e “preservar o planeta”, porém, ao mesmo tempo, articulou politicamente para destravar novas frentes de perfuração na costa do Amapá. A área abriga ecossistemas únicos, comunidades tradicionais e um corredor de biodiversidade que pesquisadores tratam como última fronteira ambiental do país. Mesmo assim, o Planalto argumenta que o dinheiro do petróleo bancará a “transição energética”.

Na prática, o governo tenta lucrar com o próprio problema que afirma combater.

O discurso soa bonito, porém cai diante da realidade de perfuradores e plataformas rumo à Amazônia.

Policiais militares do 15º Comando Regional, em ação conjunta com a Polícia Judiciária Civil (PJC), realizaram a prisão, na manhã desta segunda-feira (10.11), um idoso de 67 anos, após ele ter matado dois homens no município de Peixoto de Azevedo-MT. As vítimas foram identificadas como Francisco Oliveira e Bolivan Lima Silva, de 49 e 40 anos, respectivamente.

Conforme informações, por volta das 9h, durante rondas pelo Distrito de União do Sul, os policiais militares foram informados sobre o crime ocorrido na região, próximo a um bar. As equipes se depararam com as vítimas já em óbito. O local foi isolado até a chegada da Polícia Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec). A causa das mortes está sendo investigada.

Durante as rondas, os militares foram informados sobre a localização do suspeito. Com apoio da PJC, as equipes abordaram o homem, que alegou ter tido uma desavença com uma das vítimas no dia anterior.

Aos militares, o homem ainda afirmou que acabou vítima de uma tentativa de homicídio, motivada por uma discussão após o consumo de bebidas alcoólicas no local. A versão apresentada pelo suspeito foi confirmada pelo proprietário do estabelecimento comercial. Os agentes conduziram o criminoso à delegacia para o registro do boletim de ocorrência.

Vídeo: