O deputado federal José Medeiros (PL) afirmou que a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta sexta-feira (19), que teve como alvos os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, e Carlos Jordy (PL-RJ), pode ser resultado de “chumbo trocado” entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A declaração do parlamentar faz referência à operação “Galho Fraco”, realizada um dia após nova fase da operação “Sem Desconto”, deflagrada na quinta-feira (18) por determinação do ministro André Mendonça. Essa etapa mirou o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo Lula (PT) no Senado e aliado do ministro Flávio Dino.

Para Medeiros, a sequência das ações levanta suspeitas sobre motivações políticas. “Ministro Flávio Dino manda Polícia Federal na casa do Sóstenes, aliado do ministro André Mendonça, um dia após André Mendonça mandar a Polícia Federal fazer busca na casa do aliado de Dino, senador Weverton Rocha. Coincidência ou chumbo trocado?”, escreveu o deputado nas redes sociais.

Ao comentar a operação “Sem Desconto”, Medeiros criticou a narrativa de que irregularidades envolvendo aposentados seriam atribuídas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, os desdobramentos da investigação atingem aliados do governo. “Um dos alvos foi Gustavo Gaspar, braço direito do senador Weverton Rocha, que é da base do governo e aliado do ministro Dino”, afirmou.

O parlamentar também citou votações na Câmara relacionadas a requerimentos de convocação de investigados e acusou o governo de blindar aliados.

“O governo blindou, assim como blindou Lulinha, Frei Chico, blindou todo mundo. Mas continuam dizendo que o roubo era do Bolsonaro”, declarou. Para Medeiros, a postura revela contradições da base governista. “Esse é o PT, esse é o Lula”, finalizou.



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