Dupla diz ter matado vítima a facadas após beijo e por ordem de entidade e “pacto de riqueza”
Dois homens, de 19 e 22 anos, acabaram presos nesta quinta-feira (23) acusados de matar brutalmente João Victor Nascimento Alves Moreira, de 31 anos, em Tesouro, a 350 km de Cuiabá. O crime ocorreu por volta das 00h30 e chocou a cidade pela crueldade e pelos motivos alegados pelos autores.
A Polícia Militar de Tesouro recebeu o chamado para atender uma denúncia de homicídio em uma casa na área urbana do município. No local, os policiais encontraram João Victor sem vida e com vários ferimentos provocados por faca.
Durante as buscas, os agentes descobriram que o principal envolvido era o morador da residência, um jovem de 22 anos que vivia sozinho no imóvel havia cerca de quatro meses. Com base em informações obtidas na vizinhança, a equipe seguiu até uma fazenda a 15 km da cidade, onde o suspeito trabalhava.
Ao ser encontrado, o rapaz confessou o assassinato e contou que havia ingerido bebidas alcoólicas com a vítima em um bar e depois em um posto de combustíveis. Segundo ele, os dois foram até a casa onde discutiram após João Victor tentar beijá-lo. O desentendimento terminou em uma sequência de facadas. A vítima ainda tentou correr, mas o agressor a alcançou na rua e a matou.
Enquanto a Polícia Civil analisava as imagens de câmeras de segurança, outro homem, de 19 anos, apareceu ao lado dos dois pouco antes do crime. Os investigadores localizaram o jovem, que inicialmente negou envolvimento, mas depois admitiu ter participado do assassinato.
Depoimento macabro
Em depoimento, ele declarou que agiu por causa de um “pacto de riqueza” e disse receber “ordens de uma entidade chamada Tranca Rua”, que teria exigido um sacrifício humano. Os policiais encontraram resíduos de vela em um bar onde ele afirmou ter realizado o ritual.
Na casa do suspeito, a mãe entregou as roupas usadas no crime, lavadas para esconder vestígios de sangue. As peças foram recolhidas e encaminhadas para perícia.
Durante as diligências, a Polícia Militar também encontrou a faca usada no assassinato e o celular da vítima em uma área de matagal. Os dois acusados acabaram levados à Delegacia de Guiratinga, onde ficaram detidos.
A investigação continua para detalhar todas as circunstâncias do homicídio e entender o envolvimento dos autores no ritual macabro.
